segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Diego e o Chile - uma semana frenética

Desde o dia 23 de outubro até ontem (31) eu estive 'fora de ar' por causa de um motivo muito especial: meu namorado (pololo, en chileno) Diego atravessou a cordilheira para passar 8 dias comigo no Chile. Vou contar um pouco dos passeios desenfreados que fizemos para que ele conseguisse conhecer o máximo do país, do povo e dos costumes chilenos.
Antes do Diego chegar aqui, eu fiz uma planilha com o itinerário turístico para a semana inteira. Selecionei os passeios que considerava mais interessantes e também elegi algumas coisas que não conhecia para que as desbravássemos juntos. Assim que ele desembarcou, deixamos nossas coisas no hostel em que nos hospedamos (a localização no centro da cidade e a proximidade com o metrô foram estratégicas para facilitar nosso deslocamento) e passeamos por Plaza de Armas e pelo Palácio de la Moneda. À noite, é claro, saímos em um bar em Bellavista, onde ele pode conhecer dois amigos meus de intercâmbio, Maicon e Giuliano. No primeiro dia o Di também aprendeu que deve-se tomar cuidado com os taxistas, que cobram a mais quando percebem que os clientes são estrangeiros. No dia seguinte fomos com a Lary ao Cerro San Cristoval, para poder ver a cidade de cima. Subimos em funicular, coisa que eu não tinha feito ainda. O dia de sol ajudou muito para que pudéssemos ver Santiago por inteiro. De noite nós dois e o Diego Outro fomos ao show do Greenday, que foi um espetáculo de 3h de duração. Nós três saímos emocionados no estádio, mas tivemos que encarar a volta para casa de ônibus, já que o metrô havia fechado. Na segunda feira eu quis que o Di conhecesse um pouco da minha realidade de intercambista, assim o levei para almoçar na USACH e depois para caminhar até El Punto e visitar o parque Quinta Normal, onde corro diariamente.
Na terça, fomos cedo para Viña del Mar, cidade litorânea, mas o tempo não colaborou muito conosco. Enquanto fazia muito calor na capital, estava frio na praia. Porém, nossa animação e as atrações de Vinã não impediram que aproveitássemos muito o dia. No final da tarde voltamos para o calor de Santiago e compramos vinhos no supermercado - eu não podia deixar que o Diego perdesse o baixo preço dos maravilhosos vinhos chilenos. O dia seguinte foi de muito sol, e nossa excursão passou por um passeio no Barrio Paris Londres (que eu não conhecia), uma subida no Cerro Santa Lucía, um almoço no Mercado Central e um passeio com direito a descanso na grama do Parque O'Higgins. Ufa! E a noite seguiu animada: esquenta em El Punto com meus amigos daqui e de intercâmbio e balada na Miércoles Po (a festa dos estrangeiros). Finalmente o Diego conheceu a festa da qual eu falava todas as semanas e pode comprovar que muitas coisas engraçadas são verdade...
Após o 'carrete', acordamos 10h para ir com o Outro à vinícola da Concha y Toro - maior produtora de vinhos do país -fazer um passeio de meia hora para conhecer a vinícola. O percurso para chegar lá demora mais que o passeio em si, e para a minha decepção não andamos pelas vinhas... Mas o Di se esbaldou na loja de vinhos e levou 4 garrafas de volta para o Brasil. À noite havíamos programado um jantar romântico no famoso Restaurante Giratório, mas antes fomos provar o terremoto (bebida típica daqui) da Piojera, um bar tradicional de Santiago. Lá, Di conheceu dois amigos queridos meus, Diego Basly e Pablo. Após beber um pouco - o suficiente para ficar levemente tonta - fomos ao restaurante. Nos primeiros minutos rezei para não ficar enjoada, mas depois que me acostumei e que o efeito alcólico passou, a noite ficou perfeita. De lá é possível ver a cidade inteira, tem música ao vivo no piano e a comida é maravilhosa. Sobre a companhia nem preciso falar nada... Fica a dica para os casais e até mesmo para os que queiram desfrutar um bom jantar com uma vista espetacular. Nessa noite choveu e fez frio, o que fez reaparecer neve nos Andes! Eu fiquei muito feliz, porque achei que o Di não veria a linda imagem dos picos nevados, mas a mudança repentina do clima colaborou conosco! ^^ Outro fato que me divertiu muitos foram as tentativas do Diego de falar espanhol. Mas ele chegou já arrasando: no nosso primeiro lanche no Mac Donalds ele pediu 'servilletas, por favor' (guardanapo) para o garçom. Eu demorei dois meses para descobrir como falava isso!
Sexta foi dia de Oktoberfest chilena! Sim, mesmo não estando no sul do Brasil, a gente curtiu as marchinhas alemãs e muita cerveja! Lá o Diego também pode conhecer o Toño, meu colega do jornalismo daqui. Passamos o dia bebendo e nos sentindo em Blumenau, e à noite tentamos conhecer uns museus que, segundo o Outro estaríam abertos para uma programação especial, mas ao chegarmos lá dois deles estavam fechados. Fomos para o hotel descansar, já que o dia seginte seria de muitas compras no shopping. O Di quis passar seu último dia aqui aproveitando os preços baixos das roupas no Chile. Estivemos das 12h às 20h em um imenso shopping na estação Mirador (dica do Basly) só fazendo compras. "Nay, o que está por R$120 aqui seriam R$250 no Brasil!" Com um argumento assim não dá para discutir, doutor Diego. Após nossa overdose consumista - claro que ganhei alguns mimos - nosso desafio era atravessar 10 estações do metrô com 15 bolsas de compras nas mãos e chegarmos vivos no hostel. Missão cumprida! Depois disso saímos com Lary e seu pololo, Demian, que havia recém chegado no país também. Enquanto um chegava o outro ia embora. Domingo ao meio-dia levei o Di ao aeroporto, exatamente onde começou nossa semana de aventuras foi a nossa triste despedida. Agora, só no final de dezembro...

Um comentário:

  1. Amor!!! Foi muito bom mesmo estar ctgo e toda a galera aí em Santiago. Puxa vida. Me deu gás para me dedicar a reta final da residência!
    Muito bom o post. Te amo! Fica com Deus. Estou aguardando ansioso sua volta! Bjossssss.

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