domingo, 19 de setembro de 2010

Viagem para o sul do Chile! =D

Hola desde Puerto Montt! Estou escrevendo este post, mas sei que não será publicado agora – aliás, nem sei quando o publicarei – porque estamos em um lugar sem internet nem sinal telefônico. Sim, isso que é aventura!! Hahahaha!
É possível que este texto fique um pouco comprido porque há muito a contar, mas, bem, ninguém é obrigado a ler até o final, né?
No momento que escrevo são 20h46 do dia 18 – o dia do Bicentenário da independência chilena, o que faz o país todo parecer o Brasil em final de Copa! Há bandeiras por todos os lados, e ainda dizem alguns chilenos que há menos bandeiras que nos anos anteriores por consequência do terremoto, que tirou o ânimo de alguns para comemorar.
A viagem começou na manhã de quinta-feira (16), quando eu, Nayara e Domingo fomos de carro de Santiago até Valdivia, que fica mais ou menos 800 km ao sul. Saímos da capital ao meio-dia e chegamos ao nosso destino às 22h30. Em Valdivia moram os dois filhos do Domingo, Nacho e Francisca. Quando chegamos à cidade só o Nacho estava em casa, e, mesmo cansados das 12 horas na estrada, o buscamos e fomos jantar na Cerveceria Kuntsman, que fabrica algumas das melhores bebidas do país.
O lugar é lindo, e a cerveja é realmente fantástica. Para acompanhar os choppes pedimos um hambúrguer que veio com palta - pasta de abacate com sal, super típico aqui no Chile. A Nayara tirou toda palta de seu prato, enquanto que eu fiz um esforço para engoli-la. Consegui com ajuda de outro chopp.
No dia seguinte Valdivia amanheceu gelada, mas com sol. Após o café fomos passear pela cidade, que se mostrou muito encantadora. Para começar vimos lobos marinhos. Sim, há vários deles nadando livremente pelos rios que cortam a cidade, e pelo que dizem os moradores, são animais tranquilos.
Passeando pelo mercado de pescados, que fica na beira do rio Calle Calle, vimos como é a convivência entre eles e os humanos: na parte de trás do mercado, vários lobos e aves esperam por pedaços de peixes e moluscos. É impressionante e realmente lindo. Totalmente diferente das coisas que vemos no Brasil.
Do outro lado do rio fica a Universidad Austral de Chile (UACH), onde o Nacho e a Francisca estudam. A UACH fica numa ilha chamada  Isla Teja,  sempre rodeada por lobos marinhos.
Após o passeio pelo centro de Valdivia, fomos a Los Molinos conhecer o oceano Pacífico. Deu até de entender por quê ele leva esse nome: não tinha uma ondinha, parecia sim uma grande lagoa. Almoçamos em um restaurante de frente para o mar, onde comi a melhor merluza ao molho branco e camarões da minha vida. “Muy rica”, como dizem aqui.
No final da tarde voltamos à casa do Nacho, onde eu e Nay preparamos um salmão (12 reais o quilo do filé, morram) com molho de alcaparras e vinagrete. Após uma pequena ligação ao Brasil para pedir uma ‘ajuda gastromônica’ ao meu pololo, Demian, conseguimos preparar o prato, que, sem exageros, ficou delicioso!
Para o dia ficar completo, só faltava uma coisa: conhecer a night valdiviana. Assim, após o jantar, eu, Nay e Nacho saímos para ‘carretear’, ou seja, festar. Após algumas voltas por alguns bares nos juntamos com o colega de faculdade de Nacho, o Aldo, e fomos então na Casona Verde, uma boate grande que já estava cheia antes da meia-noite. Bebemos cerveja Escudo (uma Brahma daqui, porém lager) e conversamos muito – e sempre em espanhol.
Depois fomos para a pista que tocava reggaeton (moda chilena há seis anos), mas logo cansamos e fomos comer um cachorro-quente (parece que não só no Brasil existe essa tradição pós-carrete). Chegamos em casa às 5h30 e fomos dormir imediatamente, porque no dia seguinte continuaríamos nossa viagem rumo a Puerto Montt.
Após cinco horas não muito bem dormidas, acordamos com o Domingo nos apressando para irmos a Puerto Montt (mais uns 200 km ao sul). Nessa manhã chegou em Valdivia a Francisca, que se juntou ao nosso grupo para viajar um pouco mais ao sul chileno.
Chegamos ao nosso destino perto das 15h. Para pernoitarmos, a Francisca reservou uma cabana em uma área mais rural da cidade. O lugar é lindo, totalmente bucólico e charmoso, e, como disse no começo do post, sem internet nem sinal telefônico. Deixamos nossas coisas na casa e fomos ao centro da cidade comer pescados em um restaurante que fica à beira de um rio, onde os barcos chegam com peixes frescos.
Foi ali que comi pela primeira vez na minha vida a centolla, uma espécie de caranguejo gigante que dá nas águas chilenas. Pedi um ‘pastel de centolla’, que é uma espécie de bolo. Estava muito gostoso.
Após passearmos pela cidade voltamos para a cabana, onde estamos agora. Amanhã vamos a Chiloé, uma ilha ainda mais ao sul. Quando tiver mais notícias, escrevo!!

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