terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dia na neve

No domingo (5) reunimos um grupo de 24 pessoas que vivem na El Punto para conhecer uma atração turística um taaanto afastada do centro de Santiago: El Cajón de Maipo. A região, que fica a 60 km da capital, tem cordilheiras nevadas e rios onde se pode praticar montanhismo, rafting, trekking, e outros esportes radicais. Também há campings para quem deseja passar um dia ou mais perto da belíssima paisagem natural.
Passado o sufoco de levantar às 8h (após ter ido dormir às 4h30, já que havia ido a uma festa para comemorar independência do Brasil aqui em Santiago), iniciamos a pequena viagem até nosso destino: tomamos a linha verde do metrô até o final, fizemos conexão com a linha azul, seguimos até a penúltima estação, e depois pegamos mais uns 40 minutos de ônibus. E não era um ônibus qualquer, era um trem da morte! O motorista dirigia absurdamente rápido e a estrada fica na beira de um abismo de onde se pode ver um rio lááá embaixo. A soneca que eu pretendia tirar no trajeto virou um sonho impossível.
Meio-dia chegamos no Cajón. A semana havia sido bastante fria aqui, e o pessoal se espantou com o calor que fazia no local. Após cobrirmos nossas cabeças com cachecóis e o que mais tivesse disponível, andamos por uma pequena estrada para procurar onde faríamos uma pausa para o piquenique. Pagamos 400 pesos (perto de R$ 1,50) para entrar em um local onde havia espaço para acampar e começamos a subir a montanha. Encontramos um lugar sob a sombra de árvores para descansar e comer os sanduíches com patê de peru e cenoura que o pessoal preparou para a excursão. Também tinha sucos e maça verde para a sobremesa!
Feito o lanche, decidimos subir até onde havia neve, já que muitos nunca haviam visto neve ou apenas poucas vezes. Quando chegamos onde o chão ficou branco, foi uma festa. Jogamos bolas de neves uns nos outros, escorregamos, afundamos o pé no gelo, tiramos vááárias fotos! Claro que o sem noção do Maicon (outro catarina em terras chilenas) começou a jogar bolas de neve enormes em todo mundo, então unimos nossas forças para acertá-lo, e eu mandei uma bem na cabeça dele! Nosso amigo Outro entrou em uma sacola plástica grande e se aventurou em brincar de escorregar na neve. Desceu a montanha em alta velocidade, mas por sorte, ainda está entre nós.
Eu tentei fazer um boneco de neve, mas as minhas mãos estavam queimadas do frio (“Já dava de senti-las... queimando”, como diria o Giuliano). Então avistei um boneco pronto perto de onde estávamos e fomos para lá bater fotos e fingir que a obra era nossa! Ficamos mais de uma hora brincando feito crianças: eu comi neve para saber qual era o sabor, os guris enterraram uma garrafa no chão de suco para gelar e teve gente tirando foto deitado na neve (Micheeel).
Às 4h, quando eu já estava morta, fomos embora, mas o ônibus só passou novamente as 5h e ainda haviam duas conexões de metrô. Cheguei em casa perto das 8h. Um passeio bastante cansativo, mas muito bonito e divertido. Recomendo!

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